SUDÃO DO SUL/retirolíderes Sudão do Sul: «Que o fogo da guerra se apague», afirmou o Papa no fim de um retiro para as lideranças do país
SUDÃO DO SUL/retirolíderes
Sudão do
Sul: «Que o fogo da guerra se apague», afirmou o Papa no fim de um retiro para
as lideranças do país
Abr 11, 2019 - 17:59
Francisco surpreendeu os presentes ao
terminar o encontro beijando os pés dos líderes políticos
O Papa Francisco afirmou hoje
(11/04) no encerramento do retiro dos líderes do Sudão do Sul, no Vaticano, que
é necessário que “a guerra se apague de uma vez por todas”, confiando aos
responsáveis políticos e religiosos esse objetivo.
“Imploro que o fogo da guerra se apague de uma vez por todas, que possam voltar
para vossas casas e viver em serenidade. Suplico ao Deus Todo-Poderoso que a
paz chegue à vossa terra e dirijo-me também aos homens de boa vontade para que a paz chegue ao vosso povo”, afirmou o
Papa na Casa de Santa Marta, no Vaticano.
Esta quarta e quinta-feira decorreu
no Vaticano um retiro espiritual dirigido aos líderes civis e religiosos do Sul
do Sudão, um país independente desde julho de 2011 e em guerra civil desde 2013,
tendo o Papa reafirmado o desejo de o visitar.
Deus confiou aos líderes políticos e
religiosos a “tarefa de ser guias de seu povo” e, tendo confiado muito,
“justamente por isso cobrará muito mais” de cada um.
“Pedirá contas do nosso serviço e da
nossa administração, do nosso compromisso em favor da paz e do bem realizado
para o bem das nossas comunidades, em particular dos mais necessitados e
marginalizados. Por outras palavras, pedirá contas da nossa vida, mas também da
vida dos outros”, afirmou o Papa.
Francisco recordou que a finalidade
do retino, no Vaticano, não era um “encontro bilateral”, diplomático ou
ecuménico, mas uma oportunidade de “estar juntos diante de Deus e discernir a
sua vontade”.
A realização deste encontro foi para
“refletir sobre a própria vida e sobre a missão comum” dos lideres religiosos e
civis do Sudão do Sul, para todos ganharem consciência da “enorme responsabilidade pelo presente e pelo futuro” do povo do
Sudão do Sul, acrescentou.
O Papa agradeceu a participação dos
líderes civis e religiosos do Sul do Sudão, tendo dirigido uma saudação ao arcebispo
de Cantuária e primaz da Comunhão Anglicana, Justin Welby, que pensou nesta
iniciativa, assim como ao ex-moderador Igreja Presbiteriana da Escócia, o
reverendo John Chalmers.
“A paz é o primeiro dom que o Senhor nos trouxe e é a primeira
tarefa que os chefes das nações devem buscar: ela é a condição fundamental para
o respeito dos direitos de todos homens, bem como para o desenvolvimento integral dos povos”, afirmou o Papa
Francisco lembrou que o “grande dom
de Deus” que é a paz implica também um “forte compromisso dos homens
responsáveis pelo povo”.
O Papa congratulou-se com o acordo de paz a que chegaram as
lideranças do país em setembro de 2018 e desejou que “cessem as hostilidades e
o armistício seja respeitado”, tendo beijado os pés dos líderes políticos
presentes, no fim do encontro. PR|Ecclesia
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