SECULARIZAÇÃO/sadismomorte Braga: Arcebispo denuncia «ideologias que destroem e matam» e questiona onde está «o valor do cristianismo»


SECULARIZAÇÃO/sadismomorte
Braga: Arcebispo denuncia «ideologias que destroem e matam» e questiona onde está «o valor do cristianismo»
Abr 19, 2019 - 16:02
«A sociedade secularizada necessita da presença de cristãos mais autênticos» , diz D. Jorge Ortiga

O arcebispo de Braga presidiu hoje à celebração da Paixão e Morte do Senhor, na Sé local, e destacou os “dramas” humanos que hoje constituem autênticos memoriais à morte de Cristo.
Na sua homilia, esta tarde de Sexta-Feira Santa, D. Jorge Ortiga lembrou a situação difícil de “quem não tem casa, família, trabalho, recursos económicos, alimentação, direitos sociais à saúde”.
O responsável católico chamou a atenção para casos como o dos “jovens que morreram por causa da miséria e da violência”, das “adolescentes e jovens” confrontadas com a “praga do aborto”, do “flagelo da violência doméstica” e “das crianças e jovens de rua”.
E desafiou a não esquecer também os muitos homens e mulheres atirados para “tantas formas de dependência” e de “doença”, as pessoas que sofrem hoje “a marginalização e a exclusão social por razões religiosas, étnicas ou económicas”, os “refugiados” e “migrantes que fogem de situações bélicas e de perseguição”.
“Não podemos passar ao lado destas situações graves. A morte de Cristo fala-nos de muitas vidas mortas”, frisou D. Jorge Ortiga.
Que perante estas e outras “ideologias que destroem e matam” a Humanidade e a Natureza, diante também “da corrupção que vai impondo os seus tentáculos em tantos setores, questionou por onde anda “o valor do cristianismo”.
“A sociedade secularizada necessita da presença de cristãos mais autênticos. Temos de arriscar a via do testemunho que não espera resultados imediatos mas sabe que uma semente pequena pode gerar uma grande árvore com frutos de boa qualidade”, sustentou o arcebispo de Braga.
Para D. Jorge Ortiga, “só a partir de homens e mulheres renovados pela força do amor de Cristo será legítimo esperar uma sociedade mais justa e humana”, e essa “revolução” tem de começar primeiro “no coração de cada um”.
“A morte de Cristo que hoje meditamos coloca-nos no mundo. Choramos os males, não nos afastamos da miséria e pedimos coragem ao Senhor da vida e da morte para ser causa de esperança para quem há muito não a sente”, completou o responsável católico, durante a celebração da Paixão e Morte do Senhor, na Sé de Braga. JCP|Ecclesia

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