PÁSCOA/uomuros Mensagem Pascal critica «muros» de quem é indiferente ao sofrimento do próximo
PÁSCOA/uomuros
Mensagem
Pascal critica «muros» de quem é indiferente ao sofrimento do próximo
Abr 21, 2019 - 11:13
Papa recorda conflitos nos vários continentes,
pedindo atenções para refugiados e marginalizados
O Papa denunciou hoje, na sua mensagem de Páscoa, a indiferença de quem
ignora os conflitos e injustiças que afetam milhões de pessoas em todo o mundo,
pedindo o fim dos “muros”.
“Perante tantos sofrimentos do nosso tempo, que o Senhor da vida não nos
encontre frios e indiferentes. Faça de nós construtores de pontes, não de
muros”, disse, desde a varanda central da Basílica de São Pedro.
A intervenção, seguida em dezenas de países através dos meios de
Comunicação Social, aludiu às necessidades de muitos seres humanos, “dos
indefesos, dos pobres, dos desempregados, dos marginalizados, de quem bate à
porta à procura de pão, de um refúgio e do reconhecimento da sua dignidade”.
A mensagem de Páscoa passou em revista alguns dos atuais conflitos que
afetam populações de vários continentes, como no Sudão, a atravessar um momento
de incerteza política.
“Desejo que todas as instâncias possam encontrar voz e que cada um trabalhe
para consentir ao país de encontrar a liberdade, o desenvolvimento e o
bem-estar que há tanto tempo aspira”, disse o Papa.
Antes da bênção ‘Urbi et Orbi’ (à cidade [de Roma] e ao mundo), Francisco
evocou a crise na Venezuela e a sua população “privada das condições mínimas
para levar uma vida digna e segura, por causa de uma crise que perdura e que se
aprofunda”.
Que o
Senhor conceda a todos os que têm responsabilidades políticas o desejo de
trabalhar para pôr fim às injustiças sociais, aos abusos e às violências, e de
dar passos concretos que consintam curar as divisões e oferecer à população as
ajudas de que necessita”.
Francisco apelou à paz e ao fim das crises humanas na Síria, desejando “o
regresso seguro dos refugiados, sobretudo dos que se refugiaram nos países
limítrofes, especialmente no Líbano e na Jordânia”.
As crises no Médio Oriente, em particular o conflito israelo-palestino, no
Iémen, na Líbia na Nicarágua e na Ucrânia também estiveram entre as preocupações
manifestadas pelo pontífice.
O Papa falou das “tensões sociais, conflitos e violentos extremismos” que
atingem vários países em África: Burquina Faso, Mali, Níger, Nigéria e Camarões.
Francisco rezou para que Deus “inspire os líderes das nações a trabalhar
para pôr fim à corrida aos armamentos e à preocupante difusão das armas, em
especial nos países economicamente avançados”.
A mensagem apresentou a Ressurreição de Cristo como “princípio de vida nova
para cada homem e mulher, porque a verdadeira renovação parte sempre do
coração, da consciência”.
A
Páscoa é também o início do mundo novo, libertado da escravidão do pecado e da
morte: o mundo finalmente aberto ao Reino de Deus, Reino de amor, de paz e de
fraternidade”.
“Caros irmãos e irmãs, Cristo Vive! Ele é esperança e juventude para cada
um de nós e para o mundo inteiro. Deixemo-nos renovar por Ele! Boa Páscoa”,
concluiu. OC|Ecclesia
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