VENEZUELA/problemahumanitário “Problema humanitário é muito real na Venezuela”, alerta a ONU
VENEZUELA/problemahumanitário
“Problema humanitário é muito real na Venezuela”, alerta a ONU
Migrante venezuelana na Colômbia. Cerca de 5.000 pessoas cruzaram fronteiras diariamente para deixar a Venezuela no ano passado, segundo dados da ONU |
10 abril 2019
Conselho de Segurança
acompanhou atualização em sessão convocada pelos EUA; chefe humanitário,
Mark Lowcock, pediu atenção para 7 milhões de pessoas que precisam de ajuda;
quase 2,8 milhões de venezuelanos precisam de assistência médica.
O Conselho de Segurança
realizou esta quarta-feira uma sessão que debateu a Venezuela. Na reunião, o
subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, declarou que
“o problema humanitário é muito real” no país.
Subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, no Conselho de Segurança. Foto ONU/Eskinder Debebe |
Ao descrever a situação, o
representante destacou uma “dimensão de necessidades que é significativa e
crescente”. Estima-se que 7 milhões de pessoas precisem de ajuda humanitária, o
que corresponde a 25% da população venezuelana.
Ajuda
O representante revelou ao
Conselho que as Nações Unidas trabalham para expandir a ajuda, e que “muito
mais precisa ser feito” para chegar a essa meta.
Mark Lowcock disse que é
preciso “separar os objetivos políticos e humanitários” e pediu o apoio
do Conselho para proteger a neutralidade e imparcialidade da ação humanitária.
2018 União Europeia/N. Mazars Migrantes venezuelanos na Colômbia |
O representante apelou aos 15
Estados-membros do órgão que façam pressão para que haja um acesso contínuo e
regular aos necessitados, além de fundos para financiar a expansão de programas
de auxílio.
Cuidados
Em seu discurso, Lowcock
destacou que os apagões generalizados recorrentes afetaram toda a Venezuela.
Sem eletricidade, muitos hospitais tentam realizar procedimentos cirúrgicos
essenciais, manter os serviços de cuidados intensivos e o tratamento de
hemodiálise.
Os sistemas de água e esgotos
foram interrompidos e a situação económica continuou a piorar, assim como o
poder de compra das pessoas.
O coordenador humanitário da
ONU informou que 1,9 milhões de pessoas necessitem de assistência nutricional,
incluindo 1,3 milhão de crianças menores de cinco anos.
Saneamento
Acnur/Stephen Ferry Venezuelanos procuram oportuniaddes de trabalho nos países vizinhos |
A Venezuela também é afetada
pelo ressurgimento de doenças evitáveis como tuberculose, difteria, sarampo e
malária. Cerca de 2,8 milhões de pessoas precisam de assistência médica,
incluindo 1,1 milhão de crianças.
Segundo a ONU, quase 4,3
milhões de venezuelanos precisam de assistência em áreas como água e
saneamento. Entre eles, estão 17% de pessoas pobres que não têm acesso à água
potável, ou são abastecidas apenas uma vez em cada duas semanas.
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