VENEZUELA/Madurocrimescontrahumanidade Conferência Episcopal acusa regime de Maduro de crimes contra a humanidade
VENEZUELA/Madurocrimescontrahumanidade
Conferência
Episcopal acusa regime de Maduro de crimes contra a humanidade
Abr 3, 2019 - 17:22
Igreja Católica denuncia
violações de Direitos Humanos e alertam para consequências de sucessivos
«apagões»
Caracas, 03 abr 2019
(Ecclesia) – A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) denunciou em conferência
de imprensa a existência de violações aos Direitos Humanos no país, acusando o
regime presidido por Nicolás Maduro de “crimes contra a humanidade”.
Em nota oficial,
enviada hoje à Agência ECCLESIA, os bispos católicos elencam situações
relativas a “assassinato e repressão” de indígenas, “deportação forçada” de
colombianos e venezuelanos, “prisão ou violação grave de liberdade física”,
tortura contra presos “por motivos políticos” e a “imposição intencional” de
privação de alimentos e medicamentos à população.
“Lamentavelmente,
isto acontece na nossa pátria sob o olhar complacente das autoridades, que
deveriam velar pelo reto cumprimento e a defesa dos Direitos Humanos”, pode
ler-se.
A CEV aponta ainda o
dedo à atuação dos chamados “coletivos”, brigadas paramilitares que contam com
apoio do regime, considerando “grave, ilegal e irresponsável” que estes sejam
chamados para “reprimir” manifestações de protesto.
“O povo está cansado
de tantos enganos”, aponta o episcopado católico.
A nota evoca as
consequências dos sucessivos “apagões” e da “falta de água potável”, admitindo
que situação venha a ter “um caráter catastrófico”, perante a inoperância do
Governo.
A ingovernabilidade tem a sua raiz na ilegitimidade do regime. É
necessário reconhecer a legitimidade jurídica e moral da Assembleia Nacional
para empreender caminhos de entendimento e solução”.
A CEV sustenta que “é
hora para a mudança exigida pela imensa maioria dos venezuelanos”, concluindo
com novo alerta: “Não há tempo a perder”.
Cerca de 50 países da
comunidade internacional, incluindo Portugal, reconheceram o opositor e
presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino da
Venezuela, negando a legitimidade do governo liderado por Nicolás Maduro.
OC
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