LITURGIA/semanasanta Igreja começa a celebrar Semana Santa
LITURGIA/semanasanta
Igreja começa a celebrar Semana Santa
Abr 14, 2019 - 7:35
Domingo de Ramos inicia
percurso mais importante do calendário católico
A Igreja Católica inicia hoje, com o Domingo de Ramos, a
celebração da Semana Santa, os momentos centrais do ano litúrgico que, nas
igrejas e nas ruas, recordam os momentos da Paixão de Jesus.
A celebração dos
últimos dias da vida de Cristo começa pela evocação da sua entrada messiânica
em Jerusalém e a bênção dos ramos.
No início da vida
cristã encontra-se o Domingo como única festa, com a única denominação de “Dia
do Senhor”; por influência das comunidades cristãs provenientes do judaísmo,
surgiu depois um “grande Domingo”, como celebração anual da Páscoa.
A partir do séc. IV,
com os decretos que garantiam a liberdade de culto aos cristãos, começaram a
celebrar-se na Terra Santa os acontecimentos da Paixão e morte de Jesus Cristo,
nos locais e às horas em que eram relatados nos Evangelhos.
Na Idade Média, esta
semana era chamada a “semana dolorosa”, porque a Paixão de Cristo era
dramatizada pelo povo, pondo em destaque os aspectos do sofrimento e da paixão;
muitas igrejas locais dão ainda vida a essa tradição dramática, que se
desenrola em procissões e representações dos momentos da prisão, julgamento e
crucifixão de Jesus Cristo.
Os momentos centrais da Semana Santa começam na
quinta-feira, dia em que se celebram a Missa Crismal e a Missa da Ceia do
Senhor.
Antigamente, na manhã
deste dia celebrava-se o rito da reconciliação dos penitentes, a quem tinha
sido imposto o cilício em Quarta-feira de Cinzas.
A manhã é preenchida
pela Missa Crismal, que reúne em torno do bispo o clero da Diocese, na qual são
abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o santo óleo do
crisma.
Com a Missa
vespertina da Ceia do Senhor tem início o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e
Ressurreição do Senhor: é comemorada a instituição dos Sacramentos da
Eucaristia e da Ordem e o mandamento do Amor (o gesto do lava-pés).
No final da Missa, o
Santíssimo Sacramento é trasladado para um outro local, desnudando-se então os
altares.
Na Sexta-feira Santa
não se celebra a Missa, tendo lugar a celebração da morte do Senhor, com a adoração
da cruz; o silêncio, o jejum e a oração marcam este dia.
O Sábado Santo é dia
alitúrgico: a Igreja debruça-se, no silêncio e na meditação, sobre o sepulcro
do Senhor e a única celebração primitiva parece ter sido o jejum.
A Vigília Pascal é a
“mãe de todas as celebrações” da Igreja, evocando a Ressurreição de Cristo.
Cinco elementos
compõem a liturgia da Vigília Pascal: a bênção do fogo novo e do círio pascal;
a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do
Senhor; a série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das
promessas do Batismo, por fim, a liturgia Eucarística.
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