QUINTA FEIRA SANTA/Eucaristia D. Nuno Brás: “A Eucaristia não é mera lembrança distante ou representação da Última Ceia”
QUINTA FEIRA SANTA/Eucaristia
D. Nuno Brás: “A Eucaristia não é mera lembrança distante ou
representação da Última Ceia”
D. Nuno Brás, que centrou a sua homilia na passagem
‘fazei isto em memória de mim’, repetiu o gesto de humildade que Jesus teve
para com os seus discípulos, ao lavar-lhes os pés.
Foto: Duarte Gomes |
O bispo do Funchal
afirmou esta quinta-feira, na Sé do Funchal, que “a Eucaristia não é uma mera
lembrança distante ou representação da Última Ceia” e os cristãos “celebram –
hoje como desde o primeiro dia – o Mistério Pascal de Jesus e, com ele, o mundo
novo que nos é oferecido pela morte e ressurreição do Senhor.”
De resto, frisou D. Nuno Brás,
“é daqui, e à luz deste acontecimento, que podemos descobrir o significado
pleno da celebração cristã e também o significado daquela Ceia derradeira que
Jesus quis comer com os seus.”
Na homilia, o prelado explicou
ainda que da Última Ceia “o que foi retido e celebrado” pelos cristãos “foram
aquelas palavras e gestos” de Jesus que, “no meio dos ritos e celebrações
judaicas, trouxeram consigo a novidade proclamada depois pela morte e
ressurreição do Senhor”: ‘Tomai e comei: isto é o meu Corpo’; ‘Tomai e bebei:
este é o cálice do meu sangue’; ‘Fazei isto em memória de mim’.”
Segundo o bispo
diocesano, apenas Jesus “poderia realizar esse gesto para sempre” de dizer
“isto é o meu Corpo, este é o cálice do meu sangue — ou seja: sou eu mesmo,
tomai e comei!”
Ao pronunciar estas
palavras, realçou D. Nuno, “Jesus cria uma nova presença e uma presença real,
que se oferece a si mesma”, e que “não depende das memórias e dos amigos
humanos, mas que depende apenas dele próprio e do seu novo modo de ser
ressuscitado: a presença sacramental”.
O bispo do Funchal, que
no início da Eucaristia voltou referir-se ao acidente rodoviário que
vitimou 29 pessoas, no Caniço, aos seus familiares e amigos, disse ainda que
“como sucedeu a todos os cristãos que nos antecederam, a nós, os seus discípulos
do século XXI, o senhor permite que vivamos esse momento.” Ou seja, “também nós
estamos hoje, como comunidade de discípulos, sentados à mesa eucarística”. E
“perante o mistério que celebramos”, este ‘hoje divino’, percebemos como a
morte, e sepultura do Senhor se “revestem da qualidade de acontecimentos de
salvação; perante esta presença, percebemos a Eucaristia que celebramos.
Percebemos a graça de nos encontrarmos reunidos à volta do Senhor que, uma vez
mais, nos diz: “Tomai e comei isto é o meu corpo; tomai e bebei, este é o
cálice do meu sangue”, explicou o bispo do Funchal.
Deixemos, por isso, que
a Sua Paixão se faça “presente na nossa vida” e “mostremos a todos o caminho
que Deus nos oferece para participar da Sua vida eterna”, frisou.
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