JUVENTUDE/amorproximidade Exortação do Papa aos jovens, com gramática do amor desinteressado e linguagem da proximidade
JUVENTUDE/amorproximidade
Exortação do Papa aos jovens, com gramática do amor desinteressado e
linguagem da proximidade
VATICANNEWS
O
Pe. Alexandre Awi de Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família
e a Vida, destaca alguns pontos da Exortação Apostólica “Christus vivit”,
publicada nesta terça-feira (2) pelo Papa Francisco, como as duas linhas de
ação da Pastoral Juvenil: buscar o jovem de maneira atrativa e concreta, e
ajudá-lo a crescer na fé, acompanhado pelo rosto maternal da Igreja.
“ Temos uma bela carta do Papa Francisco
dirigida aos jovens. É uma carta pessoal, profunda e paternal, com a mão e o
estilo próprio do Papa Francisco. ”
O Pe. Alexandre Awi de Mello,
secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, participou da
Comissão de Redação do Sínodo dos Bispos de outubro do ano passado (3 a 28 de
outubro), dedicado aos jovens. Com a Exortação Apostólica “Christus vivit”
publicada nesta terça-feira (2) pelo Papa Francisco, fruto pós-sinodal da XV
Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, o Pe. Alexandre destaca alguns
pontos de um documento longo, mas profundo e rico de testemunhos bíblicos e de
exemplos concretos da vida de jovens, inclusive Santos, entre eles, Maria, a
jovem de Nazaré.
O Capítulo 4, núcleo da
Exortação
Na exortação consta, por
exemplo, o texto pré-sinodal escrito em março de 2018 por 300 jovens e outros
cerca de 15 mil que estavam em rede. O Pe. Alexandre destaca um dos capítulos
do documento que apresenta, segundo ele, “o núcleo do que deve ser anunciado e
de forma audaz, corajosa, valente, delicada e sem proselitismos”:
“ Eu diria que um capítulo
central é o Capítulo 4 daquilo que não podemos deixar de dizer aos jovens: que
Deus é amor, que Cristo salva cada um deles, que Jesus está vivo hoje e tudo
isso deve ser feito na força do Espírito que dá vida. ”
As duas linhas de ação da
Pastoral Juvenil
O
Pe. Alexandre comenta que o Papa fala claramente dos jovens com raízes,
insistindo “na importância de ter história e de ter uma relação viva entre as
gerações para que possamos arriscar juntos”. O Pontífice também mostra a
importância das Jornadas Mundiais da Juventude para o trabalho desenvolvido
pela Pastoral Juvenil.
“O Papa insiste na importância que seja uma pastoral
sinodal, onde os próprios jovens sejam agentes da Pastoral Juvenil e explica a
importância de duas linhas de ação: a busca do jovem de uma maneira atrativa e
concreta, privilegiando a gramática do amor desinteressado e da proximidade, e
não o proselitismo; e a importância de ajudar esse jovem a crescer, sem
doutriná-lo, mas de acompanhá-lo na sua caminhada de fé. Buscar e crescer:
ajudando o jovem em diferentes ambientes a ter uma experiência de família.”
Igreja
como acompanhante do jovem
O Pe. Alexandre também destaca a importância
que o documento dá a uma “pastoral popular juvenil, que está aberta a todo tipo
de jovem, sem estabelecimento de normas ou controles excessivos ou obstáculos”,
para que os jovens do meio popular possam se desenvolver na experiência de fé
que não é elitista e nem fechada em grupos.
Uma experiência de Deus nos meios populares,
mas sempre acompanhada pela Igreja. O Pe. Alexandre comenta que o Papa descreve
as características desse acompanhante, através “do carisma da escuta, de estar
ao lado sem julgar, mostrando o rosto maternal da Igreja”.
Jovens:
missionários com a própria vida
O documento ainda apresenta as manifestações
de piedade popular, citando as peregrinações populares que são um grande
instrumento de evangelização. A exortação do Papa, acrescenta o padre
brasileiro, também insiste na expressão da ação missionária na juventude:
“
Que os jovens sejam sempre missionários, e missionários com a própria vida e
com experiências concretas de missão: de visitar casas, de transmitir a sua fé
e seu sentido de pertença à Igreja. ”
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