TRÁFICO HUMANO/danificahumanidade O Tráfico humano «danifica seriamente a humanidade como um todo», afirma o Papa
TRÁFICO HUMANO/danificahumanidade
O Tráfico humano «danifica seriamente a humanidade como um todo»,
afirma o Papa
Abr 11, 2019 - 13:51
Francisco assinala que o crime
«desfigura a humanidade da vítima» e «desumaniza quem realiza»
O Papa Francisco disse, no dia 11.abri.2019, no encerramento de uma
conferência internacional promovida pela Santa Sé que o tráfico de pessoas
“danifica seriamente a humanidade como um todo”, destruindo a família humana “e
até mesmo o Corpo de Cristo”.
“O tráfico constitui uma violação injustificável da liberdade e da
dignidade das vítimas, dimensões constitutivas do ser humano desejado e criado
por Deus, e, por isso, deve ser considerado um crime contra a humanidade”,
afirmou na audiência a 200 participantes do encontro sobre tráfico de
seres humanos.
O Papa salientou que o tráfico de pessoas “desfigura a humanidade da
vítima”, ofendendo sua liberdade e dignidade, mas, ao mesmo tempo, “desumaniza”
quem o realiza “negando-lhes o acesso à ‘vida em abundância’””.
Francisco explicou que cada um “é criado para amar e cuidar dos outros” e
alcança o “seu clímax no dom de si”, por isso, os culpados pelo “crime” de
tráfico humano “causam danos não apenas aos outros”, mas também aos próprios.
Neste contexto, destacou que “toda a escolha contrária à realização do
projeto de Deus” é uma “traição à humanidade” e renuncia à “vida em abundância”
oferecida por Jesus Cristo: “Está a descer a escada, descendo, tornando-se
animais”.
Segundo o Papa, todas as ações que propõem “restaurar e promover” a
humanidade de cada um e a dos outros “estão alinhadas com a missão da Igreja”,
um valor missionário “evidente na luta contra todas as formas de tráfico e no
compromisso com o resgate dos sobreviventes”.
“Uma luta e um compromisso que também tem efeitos benéficos para a nossa
própria humanidade, abrindo o caminho para a plenitude da vida, o fim último da
nossa existência”, acrescentou.
Para Francisco, as “numerosas iniciativas” na linha de frente para
prevenir o tráfico, proteger os sobreviventes e processar os infratores
“merecem admiração”, onde se destacam “muitas congregações religiosas” que
trabalharam, “mesmo online”, como “‘avant-garde’ da ação missionária da Igreja
contra todas as formas de tráfico”.
Foto Vatican News |
Na sua intervenção, o Papa observou que para ter uma “ação mais adequada e
eficaz”, a Igreja Católica “deve saber utilizar a ajuda” de outros atores
políticos e sociais.
Para Francisco, “a mesma gravidade” do tráfico de pessoas, “por analogia”,
deve ser atribuída “a todo o desprezo pela liberdade e dignidade de todo ser
humano”, sejam compatriotas ou estrangeiros.
“Infelizmente, o mundo atual é
tristemente caracterizado por situações que impedem o cumprimento dessa
missão”, observou Francisco, no discurso.
No dia 5 de abril, o Vaticano lançou uma campanha multimédia, com mensagens do Papa, para
sensibilizar as comunidades católicos para a proteção dos migrantes e
refugiados, no âmbito do 105.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado (29 de
setembro). CB|Ecclesia
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