MISSA/não é um seca Portalegre-Castelo Branco: Bispo afirmou que Eucaristia «não é um mero ato social», nem uma «seca»
MISSA/não é um seca
Portalegre-Castelo Branco: Bispo afirmou que Eucaristia «não é um mero
ato social», nem uma «seca»
Jun 22, 2019 - 13:18
D. Antonino Dias presidiu às celebrações do Corpo de Deus
O bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco afirmou que a Eucaristia “não é um mero ato social” e questionou se a celebração “é, na verdade, uma seca”, por não ser bem preparada.
“Essa seca é capaz de estar,
muitas vezes, dentro de nós porque desconhecemos o que celebramos, estamos
vazios, interiormente secos”, disse D. Antonino Dias sobre existir quem olhe
para o relógio na Eucaristia “porque, para ele, a celebração nunca mais acaba”
e até acrescenta que “é uma seca”.
Na homilia da Solenidade do
Corpo de Deus, o bispo explicou que pode acontecer que, por vezes, a Missa “não
seja bem preparada” quer a nível de cânticos, quer a nível da homilia, quer a
outros níveis e “não satisfaça os participantes”, “embora não deva
acontecer pode na verdade acontecer”.
“Também pode acontecer que
alguém diga e pense assim por não saber bem o que é que significa a celebração
da Eucaristia e vem para assistir ou ouvir missa, para cumprir preceitos, e não
para participar com alegria na festa pascal”, desenvolveu na Sé da Diocese de
Portalegre-Castelo Branco.
D. Antonino Dias explicou que
a celebração da Missa “não é um mero ato social”, nem uma “simples recordação”
de um acontecimento do passado, mas “é atualização, é memorial” e todos que
participam como que se tornam “contemporâneos do acontecimento”.
“Não vimos aqui para ouvir ou
assistir à missa. Vimos para participar nesse mistério da presença do
Senhor no meio de nós”, salientou.
Na homilia do dia do Corpo de
Deus, o bispo diocesano assinalou que “uma boa participação” na
Eucaristia “implica” chegar a tempo, responder, cantar, guardar silêncio,
escutar, interiorizar, fazer suas as orações que o presidente reza em voz
alta.
“Significa viver todos os
momentos da celebração naquilo que eles significam e reclamam de
nós: Estar de pé quando é para estar de pé, estar sentado quando é para
estar sentado, ajoelhar quando é para estar de joelhos, se é possível e se
pode”, acrescentou, observando que “participar implica estar com os outros” e a
“boa participação” ajuda a sair, “no fim da celebração, com o
propósito firme de querer traduzir na vida, ao longo do dia
ou da semana, a Palavra de Deus”.
O bispo de Portalegre-Castelo
Branco realçou também que uma igreja “não é uma sala” ou um espaço onde se pode
“estar, falar e agir de qualquer forma”, mas um lugar sagrado, “um lugar
diferente, um lugar de recolhimento e oração”.
A Solenidade Litúrgica do
Corpo e Sangue de Cristo começou a ser celebrada há mais de sete séculos e
meio, em 1246, na cidade de Liège, na atual Bélgica, tendo sido alargada à
Igreja latina pelo Papa Urbano IV através da bula “Transiturus”, em 1264,
dotando-a de missa e ofício próprios.
Esta solenidade, explicou D.
Antonino Dias, procura louvar, agradecer, contemplar e avivar
o “amor a Jesus presente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia”
e a procissão pelas ruas da cidade “não é tanto para ver passar, mas
para cada um se integrar com dignidade e reverência”.
Neste contexto, referiu que os
enfeites das ruas, as colchas às janelas, a homenagem das flores, os
cânticos e as orações, “são manifestações de fé e de louvor ao
Senhor”. CB|Ecclesia
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