PORTUGAL/persistência da pobreza Organizações católicas alertam para persistência da pobreza
PORTUGAL/persistência da pobreza
Organizações
católicas alertam para persistência da pobreza
Jun 24, 2019 - 17:11
Comissões Justiça e Paz das
dioceses e institutos religiosos associam-se à mensagem do Papa para o III Dia
Mundial dos Pobres
As Comissões Justiça
e Paz das dioceses e institutos religiosos em Portugal alertaram hoje para a
persistência de altos níveis de pobreza no país, associando-se à mensagem do
Papa para o III Dia Mundial dos Pobres.
“Não podemos ignorar
ou desvalorizar (como se de uma fatalidade se tratasse) a problemática da
pobreza na sociedade portuguesa”, refere um comunicado conjunto enviado hoje à
Agência ECCLESIA.
O texto saiu da
reunião anual da Comissão Nacional Justiça e Paz, as Comissões Diocesanas
Justiça e Paz de Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Leiria-Fátima, Portalegre e
Castelo Branco e Vila Real, e a Comissão Justiça, Paz e Ecologia dos Religiosos
e Religiosas.
“A diminuição do desemprego tem contribuído para a redução
dessa percentagem, mas persiste a pobreza mesmo entre trabalhadores
empregados”,
pode ler-se.
Após o encontro, em
Fátima, as várias instituições católicas vieram recordar a mensagem do Papa
para o III Dia Mundial dos Pobres, que a
Igreja Católica vai celebrar a 17 de novembro de 2019; essa celebração vai
estar no centro da próxima conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz
(CNJP).
A nota cita dados do INE, segundo os quais, em
finais de 2018, 21,6% da população portuguesa se encontrava “em risco de
pobreza ou exclusão social”.
As organizações
católicas defendem que o combate à pobreza dever ser “um verdadeiro desígnio
nacional”, como assumido pela Assembleia da República em 2018.
“Não podemos esquecer a dimensão mundial da pobreza e as
regiões do mundo onde ela assume uma intensidade muito superior à do nosso
país”,
acrescenta o texto.
As Comissões Justiça
e Paz citam várias passagens da mensagem do Papa para o III Dia Mundial dos
Pobres, que “retrata velhas e novas
formas de pobreza”, denunciando a “marginalização dos pobres”.
“Porque acreditamos
que estes apelos têm plena atualidade na sociedade portuguesa e se enquadram
perfeitamente na missão das Comissões Justiça e Paz, queremos salientá-los e
divulgá-los por ocasião do nosso encontro anual”, conclui a nota. OC|Ecclesia
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