PENTECOSTES/ES antídoto do frenesim Papa apresenta Espírito Santo como antídoto ao «frenesim» contemporâneo.
PENTECOSTES/ES antídoto do frenesim
Papa apresenta
Espírito Santo como antídoto ao «frenesim» contemporâneo.
Jun 9, 2019 - 10:10
Francisco sublinha necessidade
de «paz» e «harmonia» interior, perante «cultura
do insulto»
Foto: Lusa |
O Papa Francisco
assinalou hoje – 09 jun 2019 - no Vaticano a solenidade de Pentecostes,
presidindo à Missa no dia que encerra o Tempo Pascal no calendário católico,
apresentando o Espírito Santo como antídoto do “frenesim” da vida
contemporânea.
“Com a pressa que o nosso tempo nos impõe,
parece que a harmonia está posta de lado: reclamados por uma infinidade de
coisas, arriscamo-nos a explodir, solicitados por um nervosismo contínuo que
nos faz reagir mal a tudo. E procura-se a solução rápida, um comprimido após o outro para continuar, uma emoção atrás doutra
para se sentir vivo, quando na verdade aquilo de que precisamos é sobretudo do
Espírito. É Ele que coloca ordem neste frenesim”, referiu, na homilia da Missa
a que presidiu na Praça de São Pedro.
Francisco falou num
mundo em “desarmonia” e marcado por “divisões”, no qual “há quem tenha
demais e quem não tenha nada, há quem procure viver 100 anos e quem não possa ver a luz”.
Na era dos computadores, permanece-se à distância: só contactos; mais
sociedade, mas menos sociais. Precisamos do Espírito de unidade, que nos
regenere como Igreja, como Povo de Deus e como humanidade fraterna”.
“Do ninho à seita, o passo é curto, também
dentro da Igreja: quantas vezes se define a própria identidade contra alguém ou
contra alguma coisa! O Espírito Santo junta os distantes, une os afastados,
reconduz os dispersos”, declarou.
A intervenção partiu
do relato do Pentecostes, a efusão do Espírito Santo sobre os primeiros
discípulos de Jesus, após a ressurreição e ascensão de Cristo, relatada no
livro bíblico dos Atos dos Apóstolos.
Francisco destacou
que os discípulos viviam num clima de
medo, por causa da perseguição
das autoridades, e que o Espírito lhes deu a força de enfrentar os perigos, sem
“milagres espetaculares” e sem
eliminar “problemas nem opositores”.
“A paz não consiste
em resolver os problemas a partir de fora – Deus não tira aos seus tribulações
e perseguições –, mas em receber o Espírito Santo. Aquela paz dada aos
Apóstolos, aquela paz que não livra dos problemas, mas, nos problemas, é
oferecida a cada um de nós”, assinalou.
Não é afastando-nos de quem pensa diferente de nós que ficaremos
tranquilos, não é resolvendo o problema presente que estaremos em paz. O ponto
de mudança é a paz de Jesus, é a harmonia do Espírito”.
“O Espírito é a Pessoa mais concreta, mais
próxima, aquela que muda a nossa vida”, apontou.
A celebração o
Pentecostes, 50 dias depois da Páscoa, evoca a efusão do Espírito Santo,
terceira pessoa da Santíssima Trindade na doutrina católica.
“Um cristianismo sem
o Espírito é um moralismo sem alegria; com o Espírito, é vida”, sustentou
Francisco.
O Papa desejou que os
católicos vivam segundo este Espírito, que “leva paz onde há discórdia,
concórdia onde há conflito”, superando o que chamou de “cultura do insulto”.
“Os homens espirituais retribuem o mal com bem, respondem à
arrogância com a mansidão, à maldade com a bondade, à barafunda com o silêncio,
às maledicências com a oração, ao derrotismo com o sorriso”, explicou. Ecclesia|Selmis
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