PORTUGAL/liberdade religiosa Assembleia da República aprovou criação do Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-Religioso
PORTUGAL/liberdade religiosa
Assembleia da
República aprovou criação do Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo
Inter-Religioso
Jun 21, 2019 - 20:29 Ecclesia
Iniciativa partiu da Comissão
da Liberdade Religiosa e do Alto Comissariado para as Migrações
O Parlamento
português aprovou hoje, 21 jun 2019, por unanimidade, a proposta de criação do Dia Nacional da Liberdade Religiosa e
do Diálogo Inter-Religioso, que se
vai celebrar anualmente a 22 de junho.
“Fruto de uma luta
tenaz de muitos homens e mulheres contra a perseguição, a tortura e a
discriminação que, ao longo dos tempos, se tem abatido sobre quem tem um credo
diferente do da maioria ou contra quem não é crente, a liberdade religiosa é
hoje, cada vez mais, uma expressão da igual dignidade de todos os seres
humanos, crentes e não crentes”, refere o texto legislativo, apresentado na
Assembleia da República.
A iniciativa nasceu
de uma petição conjunta da Comissão da Liberdade Religiosa e o Alto
Comissariado para as Migrações, na qual se sublinha que “a liberdade
religiosa é um elemento fundamental para a existência de verdadeira dignidade na condição humana e para a
concretização dos direitos humanos”.
As duas instituições
assinalam o valor do diálogo entre as comunidades religiosas para “uma
sociedade pacífica e reconhecendo o contributo das comunidades religiosas
presentes em Portugal na construção desse
diálogo”.
A proposta resulta do
trabalho de colaboração entre a Comissão da Liberdade Religiosa e o Alto
Comissariado para as Migrações, após um processo de consulta interna no Grupo
de Trabalho do Diálogo Inter-religioso e na Sessão Plenária da Comissão.
A ideia de criar um
Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-Religioso foi
apresentada, pela primeira vez, no II
Congresso do Diálogo Inter-Religioso “Cuidar do Outro”, realizado no dia 3 de outubro de 2018, na
Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.
As instituições
promotoras destacam que o princípio da separação e da aconfessionalidade do
Estado, vai continuar a ser “um importante garante da liberdade religiosa”,
precisando que “a separação, neste
sentido, não implica oposição, nem exclui a cooperação com as comunidades
religiosas, essencial para a plena concretização da liberdade religiosa”.
O Projeto
de Resolução 2193/XIII, aprovado hoje, sublinha que com este
dia “pretende-se assinalar a importância fundamental destes valores e destas
práticas e contribuir para uma consciência mais viva de toda a sociedade sobre
o lugar central que esses valores e essas práticas ocupam na sociedade democrática
e tolerante”. OC
Comentários
Enviar um comentário