CORPO DE DEUS/adoração De joelhos, sozinho, na meai luz e no silêncio
CORPO DE DEUS/adoração
De joelhos, sozinho, na meai
luz e no silêncio
11 jun 2019 LUZES DE ESPERANÇA
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O maná que Deus enviou para alimentar os judeus durante a travessia do deserto, após abandonar o Egito sob a direção do profeta Moisés rumo à Terra Prometida, mudava de gosto.
Por causa disso diante do Santíssimo Sacramento exposto, antes de dar a bênção, o padre ajoelhado usando uma muito bonita capa pluvial cantava: Panem de caelo, prestistis eis alelluia, Vós destes a eles pão do Céu, aleluia. Quer dizer, o maná.
O coro respondia: Omne delectamentum in se habentem, alelluia, Que tinha em si todos os sabores aleluia.
isso fazia parte daquela distinção, daquela classe, daquela categoria, de uma bênção do Santíssimo Sacramento bem dada.
com o Santíssimo resplandecente dentro de um sol de ouro, a interlocução entre o oficiante e o povo representado pelo coro, era esta: vós destes a eles um pão do Céu.
E o coro respondia: que contém em si todos os sabores.
O maná que Deus enviou para alimentar os judeus durante a travessia do
deserto, após abandonar o Egito sob a direção do profeta Moisés rumo à Terra
Prometida, mudava de gosto.
Por causa disso diante do
Santíssimo Sacramento exposto, antes de dar a bênção, o padre ajoelhado
usando uma muito bonita capa pluvial cantava: Panem de caelo,
prestistis eis alelluia, Vós destes a eles pão do Céu,
aleluia. Quer dizer, o maná.
O coro respondia: Omne
delectamentum in se habentem, alelluia, Que tinha em si todos os
sabores aleluia.
isso fazia parte
daquela distinção, daquela classe, daquela categoria, de uma bênção do Santíssimo
Sacramento bem dada.
com o Santíssimo
resplandecente dentro de um sol de ouro, a interlocução entre o oficiante e o
povo representado pelo coro, era esta: vós destes a eles um pão do Céu.
E o coro respondia: que
contém em si todos os sabores.
Arranhando pedaços de latim,
ou nada entendendo, o fiel percebia alguma coisa de uma superior beleza que
excede em categoria todo o cerimonial humano.
Na igreja de São Bento, no
centro de São Paulo, há uma belíssima capela do Santíssimo Sacramento.
É um dos lugares de São
Paulo onde, fugindo da agitação da cidade, se pode comungar com mais
agrado.
Ou, mais simplesmente,
passar por lá durante o dia, e fazer visitas ainda que rápidas ao Santíssimo
Sacramento.
Não há o que incite mais à
piedade do que algo composto. E a capela, prima pela beleza, pela distinção e
compostura.
Essa capela tem o teto baixo
e é separada por alguns degraus da igreja.
O conjunto de circunstâncias
arquitetônicas e artísticas ajuda a dar a impressão de estar ali Jesus prestando
atenção em cada visitante.
Nossa Senhora tem um papel
nisso. Ela não faz entre Deus e nós o papel de corpo opaco nem mesmo
translúcido, mas o da lente.
A devoção a Maria representa
o cristal que se coloca no ostensório diante da Hóstia: todo olhar deve
passar por ele para se chegar a ver as Sagradas Espécies.
Ele não prejudica a visão;
pelo contrário, necessariamente é preciso passar-se por ele para vê-lO de uma
maneira mais nítida.
São Luís Grignion de
Montfort explica muito bem o fundamento teológico disso: Nossa
Senhora é como uma lente poderosa e pura, que concentra em nós as graças que
vêm de Deus.
Como é lindo o operar
discreto de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento!
Porque Ele tem pena de nós.
Todos nós de algum modo
quando entramos num recinto sagrado onde está o Santíssimo Sacramento, o mais
das vezes algo nos diz que Ele está lá.
Então Ele conversa conosco
na noite dos nossos sentidos, mas de uma forma que é muito mais nobre do que
o puro ver e o puro sentir material.
Ele nos diz: “Eu estou
presente”.
O convívio eucarístico é
inteiramente indescritível. Ele nos consola com uma esperança, que é um
prenúncio de toda a alegria que vamos ter em vê-lO no Céu por toda a
eternidade.
Há um jogo da misericórdia
infinita dEle.
Porque Ele sustenta com
condescendência a fraqueza do homem.
Um homem que tenha visto
Nosso Senhor com os olhos carnais no tempo em que Ele estava nesta vida,
vamos dizer por exemplo Pilatos ou Herodes, talvez não tivesse sentido nada
do que cada um de nós sente aos pés do Sacrário ou do ostensório.
Nós, entrando na igreja, já
vamos sentido a influência divina sabendo que a 20, 30 metros de nós,
sozinho, numa sala com lamparina acesa e circundado de anjos numa quantidade
inexprimível, está Nosso Senhor Jesus Cristo realmente presente.
Nosso Senhor fez uma coisa
grandiosa, divina, quando instituiu a Eucaristia.
Ele pensou nessa magnífica
influencia que Ele exerceria sobre todos os homens que se aproximariam até
Ele durante milênios.
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Santíssimo Sacramento adorado na
igreja das Bernardinas,
Cracóvia, Polônia
Nós conhecemos por aí os
aspectos diferentes da nossa própria vocação de católico que Nossa Senhora
pôs em nós pela mediação que fez da graça que nos trouxe à Igreja.
Por isso podemos dizer com a
alma cheia, como os judeus no deserto diziam do maná: Omne
delectamentum in se habentem.
Quer dizer, o Santíssimo
Sacramento tem em si toda espécie de deleites. Sobretudo quando as nossas
almas se abrem para a beleza, a honra e a glória, o lumen –
a luz divina – da vocação de católico.
Porque o maná era assim.
O nosso lado bom é assim, e
só o conhecemos bem quando nós nos detemos a degustar esse convívio,
sozinhos, ajoelhados, numa meia luz, no silêncio, diante do Monumento que
conserva a Jesus vivo mas que nos fala no mais fundo da alma.
Assim, percebemos melhor como a balbúrdia e o caos em que o mundo afora afunda cada dia mais não é nada, e está condenado a passar e desaparecer. E ao mesmo tempo podemos ouvir ao infinito no fundo das nossas almas o canticum novum do Reino de Maria que se regozija em cada um de nós Louis Daufaut |
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