SUDÃO/massacre Aconteceu um massacre no Sudão e quase ninguém fala dele
SUDÃO/massacre
Aconteceu um massacre no Sudão e quase ninguém fala dele
Tony Karumba / AFP |
Para tentar abafar o assunto o
Governo sudanês desligou a Internet de todo o país durante pelo menos uma
semana, de acordo com o Financial Times. Mas já se sabe que forças do Conselho Militar do Sudão mataram
mais de 100 pessoas, violaram também outras 70 e feriram ainda mais de 500
pessoas.
As Nações Unidas (ONU) também já denunciaram o caso: “Exijo a cessação imediata e completa de toda a violência contra civis, incluindo a violência sexual“, afirmou, em comunicado, o enviado especial da ONU para Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten. Já António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, também pediu uma “investigação rápida de todas as alegações de violência sexual“.
No
passado mês de Abril, o Sudão iniciou uma transição com o derrube do comando do
Exército controlado pelo Presidente Omar al Bashir, que esteve no poder 30
anos. Após a queda de Bashir, e durante vários meses, aconteceram protestos nas
ruas do país africano por causa da situação económica precária e falta de bens
de consumo.
No
início do mês de Junho, forças do Conselho Militar do Sudão invadiram um
acampamento de manifestantes na capital Cartum e mataram mais de 100 pessoas, violaram também outras 70 e feriram outras 500 pessoas,
divulgou ontem, em Genebra, a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Membros
do Conselho Militar do Sudão já admitiram que cometeram abusos. O porta-voz do
Conselho, que lidera o governo interino sudanês, revelou também que já está a
decorrer uma investigação sobre as denúncias e afirmou que várias elementos já
foram presos.
Por
fim, e numa entrevista que aconteceu na passada Quinta-Feira (dia 13), o
general sudanês Shams Eddin Kabashi assumiu que os crimes foram “dolorosos e ultrajantes” e
rejeitou pedidos de intervenção internacional.
Artigo editado às 13 horas.
Comentários
Enviar um comentário