EDUCAÇÃO/igreja Escolas Católicas alertam para a importância de prevenir «qualquer tentativa de imposição ideológica» em matérias como o direito à vida e a sexualidade


EDUCAÇÃO/igreja
Escolas Católicas alertam para a importância de prevenir «qualquer tentativa de imposição ideológica» em matérias como o direito à vida e a sexualidade
Jun 7, 2019 - 12:12
Questão foi colocada durante um debate público sobre o programa de flexibilidade curricular na Assembleia da República
A Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC) faz um balanço positivo do modelo de autonomia e flexibilidade curricular colocado em prática pelo Ministério da Educação em 2018, mas deixa alertas quanto aos programas e ao processo de avaliação.
De acordo com um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a posição da APEC foi transmitida durante uma audiência pública na Assembleia da República, dedicada a esta temática.
No encontro, promovido pela Comissão de Educação e Ciência da AR, o presidente da APEC, diácono Fernando Magalhães, destacou uma iniciativa que veio “generalizar a toda a rede escolar uma prática que, em parte, era já permitida aos estabelecimentos do Ensino Particular e Cooperativo”, onde estão incluídas as escolas católicas.
 “O modelo encontrado” veio “favorecer, no respeito pela autonomia de cada estabelecimento” a promoção de iniciativas mais “enquadradas nos respetivos projetos educativos”.
O presidente da APEC entende ainda que esta nova conjuntura representa uma mais-valia no que toca à “tão indispensável efetiva liberdade de escolha, por parte das famílias, em relação ao projeto educativo que pretendem para os seus filhos”..
Durante a audiência pública na AR, o presidente da APEC defendeu a necessidade de “salvaguardar, no currículo do ensino obrigatório, designadamente, no Programa de Cidadania e Desenvolvimento, a independência face a qualquer tentativa de imposição ideológica em matéria de direito à vida, educação da sexualidade e, quando com esta relacionada, igualdade de género”.
Aquele responsável debruçou-se também sobre o processo de avaliação e a necessidade de “alinhar as provas de avaliação externas com a flexibilidade curricular”, considerando que esses momentos deverão acontecer “no final de cada ciclo e não no meio”.
 “Importa que o sistema seja todo ele coerente, não fazendo sentido a defesa de modelos de avaliação que induzam nos alunos hábitos e visões sobre a mesma não compagináveis com a prestação de provas, designadamente com as provas finais e os exames nacionais”, completou.
O programa de autonomia e flexibilidade curricular foi colocado em prática há cerca de um ano, através do decreto-lei n.º 55/2018, de 6 de julho.
No texto é referido que a consolidação de “uma escola inclusiva, promotora de melhores aprendizagens para todos os alunos” e dinamizadora de “uma cidadania ativa e informada ao longo da vida” implica “que seja dada às escolas autonomia para um desenvolvimento curricular adequado a contextos específicos e às necessidades dos seus alunos”.
A APEC – Associação Portuguesa de Escolas Católicas – foi fundada em 199 por iniciativa da CEP.
Em Portugal existem 144 escolas católicas, que são frequentadas por mais de 73000 alunos, desde a creche até ao final do ensino secundário. JCP|Ecclesia

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