PORTUGAL/migrações riscos e medos Diálogo inter-religioso: «O problema das migrações é dos que mais põe perigos no curto prazo» – Presidente da Comissão da Liberdade Religiosa


PORTUGAL/migrações riscos e medos
Diálogo inter-religioso: «O problema das migrações é dos que mais põe perigos no curto prazo» – Presidente da Comissão da Liberdade Religiosa
Out 3, 2018 - 16:00
«Cuidar o Outro» foi o tema do II congresso do diálogo inter-religioso 

O presidente da Comissão da Liberdade Religiosa, José Vera Jardim, referiu, hoje, em Lisboa, que a reação negativa à migração é causada fundamentalmente “pelo medo” e pode colocar “perigos no curto prazo”
No II congresso do diálogo inter-religioso com o tema «Cuidar o Outro», a decorrer na UCP, José Vera Jardim realça que este problema “não se resolve” chamando a todas as pessoas que são contra a imigração de “fascistas e extrema-direita” porque elas são contra porque estão “dominadas por vários medos: perder o emprego, segurança social”.
“O mundo hoje está confrontado com enormes problemas – alterações climáticas, económicos, sociais -, mas o problema das migrações é daqueles que mais põe perigos no curto prazo”, disse à Agência ECCLESIA o presidente da Comissão da Liberdade Religiosa.
“Vivemos num mundo de medos” e tudo o que for feito “através do diálogo e do esclarecimento” contribui para que os medos se “diluam ou até desapareçam”, frisou José Vera Jardim.
O “diálogo contínuo” cria um clima de apaziguamento e uma “cidadania mais inclusiva para todos”, sublinhou o responsável.

Na sessão de abertura deste congresso esteve também presente Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, onde admitiu que existe um “bom relacionamento entre as religiões em Portugal”, mas o que “sabemos da história é que os direitos nunca são adquiridos”.
“Os bons relacionamentos são uma construção e um trabalho de muitos e de todas as comunidades”, afirmou a ministra.
Para Maria Manuel Leitão Marques é fundamental “continuar a trabalhar” por um ambiente de viver “com a diferença”.
“Nunca devemos dar nada por adquirido”, finalizou a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. LFS|Ecclesia

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