IRAQUE HILA Ao menos 47 mortos em atentado suicida do EI no Iraque

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HILA  Ao menos 47 mortos em atentado suicida do EI no Iraque
06/03/2016 - 14h44min

Ao menos 47 pessoas morreram neste domingo em um atentado com caminhão-bomba nos arredores da cidade de Hilla, ao sul de Bagdá, que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), segundo fontes policiais e médicas.
"O ataque foi cometido contra um posto de controle na entrada norte de Hilla", afirmou Faleh al Radhi, responsável pela segurança do Conselho provincial de Babel.
Segundo um médico do hospital de Hilla, entre as vítimas há 20 membros das forças de segurança. Também há 72 feridos. Radhi e vários oficiais da polícia confirmaram este balanço.
O caminhão estava carregado de explosivos e foi detonado quando os agentes de segurança ordenaram que parasse, explicaram as fontes.
Em um comunicado publicado nas redes sociais, o EI afirmou que o atentado foi cometido por um suicida chamado Abu Islam al-Ansari.
O EI disse ter tido como alvo muçulmanos xiitas que a organização sunita considera como hereges.
- Cenas de caos -
Várias fotografias publicadas nas redes sociais por internautas mostram muitos destroços ao redor do posto de controle, onde costumam se formar longas filas de veículos que esperam para passar pelos controles de segurança.
Um fotógrafo da AFP que chegou ao local do crime, descreveu cenas de caos, com alguns sobreviven
tes procurando parentes e amigos sob os escombros.
"Quando cheguei ao local, havia pessoas com as roupas ainda em chamas, gritando", relatou Hamza Kadhem, trabalhador de 35 anos que estava perto da cena no momento da explosão.
Mohammed Jamal, funcionário público de 27 anos, estava num engarrafamento quando o caminhão explodiu em meio aos veículos.
"O vidro do meu carro quebrou por causa da força da explosão. Depois disso, fiquei perdido em meio ao caos e consegui chegar ao hospital de Hilla, não sei muito bem como", contou à AFP.
Em março de 2014, um atentado suicida na periferia de Hilla matou 50 pessoas e feriu mais de 150.
O EI, responsável pela quase totalidade deste tipo de ataque, não tem mais bases fixas ao sul de Bagdá desde que as forças governamentais e suas milícias aliadas lançaram um contra-ataque no final de 2014.
O EI iniciou em junho de 2014 uma ofensiva violenta que permitiu-lhe tomar vastas parcelas de território iraquiano ao norte e a oeste de Bagdá, mas sofreu diversas baixas militares para as forças de segurança iraquianas, apoiadas pelos ataques da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

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