Nem eternos nem donos do tempo por P. Armando Soares
Igreja «em saída»
Igreja «em saída»
Nem eternos nem donos do tempo por P. Armando Soares
Podemos ter a ilusão de que
somos donos do tempo: “Nós não somos eternos, mas somos seres humanos em
caminho no tempo, que começa e tempo que acaba”, disse o Papa Francisco. Nós
não podemos pensar nem imaginar que somos eternos.
Cedo ou tarde, chega a morte.
Toca a todos. Somos peregrinos. Caminhamos num deserto. Todos sabemos disso.
Caminhamos para a eternidade. E não há bilhetes de ida e volta. Por isso a
Igreja sempre buscou refletir sobre a morte.
Faz bem repetirmos: “eu não
sou o dono do tempo”. “Estou a caminho e devo olhar em frente”. Vou embora e
deixo uma herança, a herança do testemunho.
Quando pensamos num morto, disse ainda o Papa Francisco, sempre pensamos
numa pessoa santa. “Há duas maneiras de canonizar as pessoas: na Praça S. Pedro
e nos funerais, porque o defunto se torna ‘sempre um santo’ e também porque não
representa mais uma ameaça para nós!
“Voltamos para casa, com esta
dupla memória: a memória do passado, dos nossos que já partiram, e a memória do
futuro, o caminho que nós seguiremos, com a convicção, a certeza que saiu dos
lábios de Jesus: Eu o ressuscitarei no último dia.
A ‘comemoração de todos os
fiéis defuntos’ remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny
(França), Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da
sua Ordem se fizesse no dia 2 de novembro a evocação de todos os defuntos
‘desde o princípio até ao fim do mundo’.
Durante a I Guerra Mundial, o
Papa Bento XV generalizou esse princípio em toda a Igreja Católica. Ficou
conhecido como o dia em que se celebra a vida e a morte.
É dia de oração e de gratidão
para com todos aqueles que passaram pela nossa vida e nos fizeram bem.
Por todo o país vêem-se
famílias a irem às suas terras natais no dia de Todos-os-Santos, 1 de Novembro.
Mas a viagem tem sempre o Dia dos Fiéis defuntos como pano de fundo.
É assinalado por todo o mundo,
de forma diferente, respeitando as idiossincrasias culturais de cada povo. De
qualquer modo e em todo o lado, os mortos são sempre lembrados.
Visitamos os túmulos dos
nossos entes queridos, e não nos esquecemos de rezar também pelos mortos de que
ninguém se recorda”. É uma festa
silenciosa de reflexão e partilha.
Milhares de Portugueses rumam
aos cemitérios para prestar homenagem aos entes queridos que ali jazem. As
campas são enfeitadas com flores sóbrias e discretas. Já lá o tempo da
competição floral a que assistíamos grandes despesas. A crise e o bom senso,
parecem começar a dominar. Os nossos defuntos querem orações e amor fraterno. E
intercedem por nós.
Acendem-se velas, símbolo da
fé e da esperança numa felicidade prometida por Jesus de Nazaré. Cumpre-se um
ritual de homenagem a quem morreu, valorizando o que a pessoa foi em vida, nos
seus bons e maus momentos. Entre os povos latinos do sul da Europa, domina a
saudade. Chorar de saudade e sorrir ao recordar, valida ‘a montanha russa de
emoções’ a que todos estamos sujeitos. É o ciclo da vida: nascer, crescer, dar
fruto e morrer
E com preces e súplicas ao Deus
que nos ama, por aqueles que já partiram, para que estejam envolvidos em
felicidade, terminamos a romagem ao cemitério.
Podemos ter a ilusão de que
somos donos do tempo: “Nós não somos eternos, mas somos seres humanos em
caminho no tempo, que começa e tempo que acaba”, disse o Papa Francisco. Nós
não podemos pensar nem imaginar que somos eternos.
Cedo ou tarde, chega a morte.
Toca a todos. Somos peregrinos. Caminhamos num deserto. Todos sabemos disso.
Caminhamos para a eternidade. E não há bilhetes de ida e volta. Por isso a
Igreja sempre buscou refletir sobre a morte.
Faz bem repetirmos: “eu não
sou o dono do tempo”. “Estou a caminho e devo olhar em frente”. Vou embora e
deixo uma herança, a herança do testemunho.
Quando pensamos num morto, disse ainda o Papa Francisco, sempre pensamos
numa pessoa santa. “Há duas maneiras de canonizar as pessoas: na Praça S. Pedro
e nos funerais, porque o defunto se torna ‘sempre um santo’ e também porque não
representa mais uma ameaça para nós!
“Voltamos para casa, com esta
dupla memória: a memória do passado, dos nossos que já partiram, e a memória do
futuro, o caminho que nós seguiremos, com a convicção, a certeza que saiu dos
lábios de Jesus: Eu o ressuscitarei no último dia.
A ‘comemoração de todos os
fiéis defuntos’ remonta ao final do primeiro milénio: foi o abade de Cluny
(França), Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da
sua Ordem se fizesse no dia 2 de novembro a evocação de todos os defuntos
‘desde o princípio até ao fim do mundo’.
Durante a I Guerra Mundial, o
Papa Bento XV generalizou esse princípio em toda a Igreja Católica. Ficou
conhecido como o dia em que se celebra a vida e a morte.
É dia de oração e de gratidão
para com todos aqueles que passaram pela nossa vida e nos fizeram bem.
Por todo o país vêem-se
famílias a irem às suas terras natais no dia de Todos-os-Santos, 1 de Novembro.
Mas a viagem tem sempre o Dia dos Fiéis defuntos como pano de fundo.
É assinalado por todo o mundo,
de forma diferente, respeitando as idiossincrasias culturais de cada povo. De
qualquer modo e em todo o lado, os mortos são sempre lembrados.
Visitamos os túmulos dos
nossos entes queridos, e não nos esquecemos de rezar também pelos mortos de que
ninguém se recorda”. É uma festa
silenciosa de reflexão e partilha.
Milhares de Portugueses rumam
aos cemitérios para prestar homenagem aos entes queridos que ali jazem. As
campas são enfeitadas com flores sóbrias e discretas. Já lá o tempo da
competição floral a que assistíamos grandes despesas. A crise e o bom senso,
parecem começar a dominar. Os nossos defuntos querem orações e amor fraterno. E
intercedem por nós.
Acendem-se velas, símbolo da
fé e da esperança numa felicidade prometida por Jesus de Nazaré. Cumpre-se um
ritual de homenagem a quem morreu, valorizando o que a pessoa foi em vida, nos
seus bons e maus momentos. Entre os povos latinos do sul da Europa, domina a
saudade. Chorar de saudade e sorrir ao recordar, valida ‘a montanha russa de
emoções’ a que todos estamos sujeitos. É o ciclo da vida: nascer, crescer, dar
fruto e morrer
E com preces e súplicas ao Deus
que nos ama, por aqueles que já partiram, para que estejam envolvidos em
felicidade, terminamos a romagem ao cemitério.
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