JMJ 2022: são para todos
JMJ 2022: são para todos
«Não queremos deixar ninguém de fora» – D. Joaquim Mendes
Fev 8, 2020 - 16:21
Bispo coordenador para área pastoral da Jornada Mundial da
Juventude em Lisboa pediu que se fale do encontro aos jovens reclusos
Foto Agência Ecclesia/OC |
“[Os Jovens reclusos] embora privados de liberdade não estão privados de participação e de envolvimento dentro das suas possibilidades”, disse D. Joaquim Mendes, aos jornalistas no encontro que termina hoje em Fátima.
‘Jornadas Mundiais da
Juventude: Interpelações à Pastoral Penitenciária’ foi o tema que o bispo,
presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família, apresentou aos
colaboradores, voluntários e assistentes espirituais e religiosos da Pastoral
Penitenciária.
D. Joaquim Mendes pediu aos
presentes para olharem “para a realidade” prisional em Portugal e analisar como
podem levar a “mensagem sobre as jornadas” para a população jovem reclusa,
“primeiro sensibilizar, há uma proposta de percurso para as jornadas, para suscitar
o desejo de participação”.
“E depois, fazer o caminho com
eles e ver como podem participar e isso vai-se abrindo progressivamente, não há
programa feito”, acrescentou o coordenador para área pastoral da JMJ 2022.
Neste contexto, destacou que
os “jovens têm de ser protagonistas” mas, “sem antecipar nada”, é preciso ver
como podem participar e, depois, “abrindo o que são o horizonte” da Jornada
Mundial da Juventude e as propostas que há para que se possam “integrar neste
caminho com todos os jovens e como podem participar”.
D. Joaquim Mendes, sublinhou
que o programa “tem de nascer deste caminho” acrescenta que, “para além de
integrar os jovens reclusos”, querem que as jornadas em 2022 “sejam
inclusivas”, ter a participação “também das pessoas portadoras de deficiência”.
“Não queremos deixar ninguém de fora, queremos
também que estas jornadas sejam um momento de renovação da esperança e de
encontro com Jesus Cristo também para eles: Abrir horizontes de esperança e
caminho, e sentir a solidariedade dos outros”, desenvolveu.
O anúncio da escolha de Lisboa
foi feito pelo Vaticano, a 27 de janeiro de 2019, no final da JMJ que decorreu
no Panamá.
Desde esse momento, o COL –
Comité Organizador Local -, presidido pelo cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel
Clemente, e coordenado por D. Américo Aguiar (setor logístico-operativo) e D.
Joaquim Mendes, tem desenvolvido trabalhos de organização e preparação do maior
evento juvenil – um acontecimento religioso e cultural – promovido pela Igreja
Católica.
As JMJ nasceram por iniciativa
do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma,
no Ano Internacional da Juventude; Realiza-se, anualmente, a nível local
(diocesano) no Domingo de Ramos, alternando com um encontro internacional a cada
dois ou três anos, numa grande cidade.
D. Joaquim Mendes, na sua
intervenção em Fátima, a partir de intervenções do Papa Francisco em encontros
internacionais com a Pastoral Penitenciária, pediu “gestos concretos”, “pontes
entre a cadeia, a família e a sociedade, com amor”, que sejam “cuidadores que
cuidam com amor e cuidadores que têm uma reta compaixão”.
D. Joaquim Mendes, Rómulo Mateus e Octávio Carmo; Foto Pastoral Penitenciária de Portugal |
“Não podemos perder esta
esperança, não podemos desistir, não podemos desanimar, muitas vezes surgem
adversidades, surgem dificuldades, procuremos contorná-las e a via é a do
diálogo, respeitando”, acrescentou D. Joaquim Mendes.
O XV Encontro Nacional da
Pastoral Penitenciária começou esta sexta-feira, e o programa
na manhã deste sábado, contou também com as intervenções do diretor geral de
Reinserção e Serviços Prisionais, Rómulo Mateus, sobre ‘Prisões e “Janelas com
Horizonte”’, e do chefe de redação da Agência ECCLESIA, Octávio
Carmo, que refletiu sobre a ‘Visão do Papa sobre Prisões e
“Janelas com Horizonte”’.
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