EUTANÁSIA protestos 2020
EUTANÁSIA protestos contra
Milhares
de pessoas protestaram contra a legalização, em dia de votações no Parlamento
«Esmagadora maioria da sociedade portuguesa nunca aplicará esta
lei» – António Pinheiro Torres
Foto: Agência ECCLESIA/OC |
Milhares
de pessoas participaram hoje numa concentração diante da Assembleia da
República, em protesto contra as propostas de legalização da eutanásia, em
discussão e votação no Parlamento.
António
Pinheiro Torres, vice-presidente da FPV, disse perante os manifestantes que,
“aconteça o que acontecer, a esmagadora maioria da sociedade portuguesa nunca
aplicará esta lei”.
José
Ribeiro e Castro, um dos mandatários da Iniciativa Popular de Referendo,
referiu à Agência ECCLESIA que este é um “dia muito triste” na vida democrática
em Portugal, questionando a legitimidade do Parlamento para decidir sobre esta
matéria.
“O
dia de hoje é dos dias mais tristes da história portuguesa, um dia muito triste
na nossa democracia, porque é o dia de uma tentativa de contrarrevolução
legislativa, que procura destruir a garantia fundamental inscrita na
Constituição: a vida humana é inviolável”, sustentou.
Para
o antigo líder do CDS, é necessário dar “voz ao povo soberano”, em referendo,
sobre matéria “fundamental” para a sociedade.
A
concentração iniciou-se por volta das 12h30, com várias palavras de ordem, como
‘Vida sim, morte não’.
Isilda
Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV), falou num país
“mobilizado” nesta causa, em defesa “de uma lei humanista, uma lei que preserve
vidas, que dê condições de saúde a todos os portugueses”.
““Exigimos
o respeito pela vontade popular”, referiu aos manifestantes.
Durante
a iniciativa, decorreu a recolha assinaturas para realização de um referendo
para travar a legalização da eutanásia, que tem o apoio da Conferência
Episcopal Portuguesa.
António
Pinheiro Torres espera que aquando das primeiras contagens, a 4 de março,
tenham sido atingidas as 60 mil assinaturas necessárias para o Parlamento
discutir a proposta.
Sofia
Guedes, fundadora do ‘Stop Eutanásia’, indicou à Agência ECCLESIA que este é um
momento de “despertar as consciências” e promover “uma revolução cultural e
humana”, por considerar que esta em causa, nas propostas de lei em debate, a
“morte de uma sociedade”.
“Isto
é usar o desespero das pessoas para as encostar à morte”, acusou.
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