EUTANÁSIA «Viver com dignidade»
EUTANÁSIA «Viver com dignidade»
CDS garante luta contra eutanásia e pede que seja dada voz aos
portugueses
22 Fevereiro 2020, 17:12 Por Tiago Petinga/Lusa
O presidente do CDS, Francisco
Rodrigues dos Santos, afirmou hoje que o partido vai continuar a lutar contra a
despenalização da eutanásia e defendeu que deve ser dada voz aos portugueses
sobre a matéria, através de um referendo.
Em Amares, distrito de Braga,
onde visitou o Festival do Sarrabulho, Rodrigues dos Santos considerou que
“falta legitimidade política” aos partidos que propuseram a despenalização da
eutanásia, por o assunto não constar dos seus programas eleitorais.
“O papel do Estado é cuidar e
não matar (…). Não queremos um Estado que permita a morte assistida nem que
assista à morte”, referiu o líder centrista, para sublinhar que a aposta deve
incidir na melhoria do SNS.
Francisco Rodrigues dos Santos
frisou que, nesta questão, há uma terceira via. “Não existem apenas duas
opções: ou sofrer ou morrer. Há uma terceira via: viver com dignidade”,
defendeu.
A Assembleia da República
aprovou na quinta-feira dia 20 - na generalidade os cinco projetos para a
despenalização da morte medicamente assistida.
O líder do CDS diz que é uma
“irrazoabilidade” achar-se que a consciência de 230 deputados vale mais do que
a consciência de todos os eleitores portugueses e quer que, em sede de debate
na especialidade, haja uma discussão “informada e esclarecida”, que envolva,
nomeadamente, profissionais de saúde e ordens profissionais”.
“O CDS vai continuar a resistir, a luta
continua. Como diria Adriano Correia de Oliveira, na ‘Trova do vento que
passa’, ‘mesmo na noite mais triste, em tempos de servidão, há sempre alguém
que resiste, há sempre alguém que diz não’”, afirmou.
Até porque, acrescentou, o CDS considera que a
eutanásia viola a Constituição. “Está postulado no artigo 24 que a vida humana
é inviolável e no artigo 2 que é proibida a pena de morte em Portugal”,
explicou
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