PAPA dignidade humana
PAPA dignidade humana
Papa
denuncia violações à dignidade da vida humana, por motivos económicos ou
tecnológicos
Fev 2, 2020 - 11:23
Francisco saúda «tesouro» da Vida Consagrada, no seu Dia Mundial
Foto: Lusa |
O Papa denunciou hoje no Vaticano as violações à dignidade da vida humana,
por motivos económicos ou tecnológicos, associando-se à celebração do Dia da
Vida, na Itália.
“Espero que este Dia seja uma oportunidade para renovar o compromisso de
custodiar e proteger a vida humana desde o início até ao seu fim natural.
Também é necessário combater qualquer forma de violação da sua dignidade, mesmo
quando está em jogo a tecnologia ou a economia, abrindo as portas para novas
formas de fraternidade solidária”, disse, após a recitação da oração dominical
do ângelus.
Perante os peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro,
Francisco assinalou a festa litúrgica da Apresentação do Senhor, data em que a
Igreja Católica celebra o Dia Mundial da Vida Consagrada.
O Papa saudou o “grande tesouro na Igreja daqueles que seguem de perto o
Senhor, professando os conselhos evangélicos”.
“Gostaria que todos nós, aqui juntos, na Praça, rezássemos pelos
consagrados e consagradas, que trabalham tanto, muitas vezes de forma
escondida”, pediu, num momento de oração concluído com um aplauso de todos os
presentes.
A reflexão dominical do pontífice, desde a janela do apartamento
pontifício, evocou a passagem do Evangelho segundo São Lucas que fala da
apresentação de Jesus no Templo de Jerusalém, em volta de quatro figuras
presentes nesse relato – Maria, José, Simeão e Ana, figuras -, que “representam
modelos de acolhimento e doação da própria vida a Deus”.
“Todos eram diferentes, mas todos procuravam Deus e deixavam-se guiar pelo
Senhor”, indicou, falando numa dupla atitude comum, “de movimento e espanto”.
O Papa pediu aos católicos dinamismo e “disponibilidade para caminhar”,
para que “nunca se cansem de andar pelas estradas da vida”, anunciando a
sua fé.
“O imobilismo não se adequa ao
testemunho cristão e à missão da Igreja”, justificou.
Paróquias e várias comunidades eclesiais são chamadas a incentivar o
compromisso de jovens, famílias e idosos, para que todos possam fazer uma
experiência cristã, vivendo a vida e a missão da Igreja como protagonistas”.
A reflexão destacou a
importância de “surpreender-se”, para evitar a indiferença perante a realidade
que leva ao distanciamento “entre o caminho da fé e a vida de todos os dias”.
“Que toda a nossa vida se
torne um louvor a Deus no serviço aos nossos irmãos”, apelou o Papa, antes de
despedir-se com os tradicionais votos de “bom almoço” e “bom domingo” para quem
o acompanhava.
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