Eutanásia: ouvir o povo
Eutanásia: ouvir o povo
Bispo
de Évora pede a «auscultação do povo português»
Fev 20, 2020 - 14:02
D. Francisco Senra denuncia a
«eutanásia por antecipação» em situações de «injustiça, suspeita e calunia»
Foto Pedro Conceição(Jornal A Defesa) |
“É certo que os deputados são chamados a pronunciarem-se sobre assuntos que não constam dos seus programas eleitorais, mas a eutanásia e o suicídio assistido não são assuntos correntes”, afirmou D. Francisco Senra citado pela Renascença.
O Arcebispo de Évora lembrou que os representantes do povo
na Assembleia da República podem legislar sobre a legalização da eutanásia, mas
refere que os “alguns dos grandes partidos” não incluíram o tema nos programas
eleitorais para “evitar a tensão provocada por este debate”.
D. Francisco Senra considera “espantoso” que se fale
em “morte digna” num país onde muitos “não têm habitação digna, um salário
digno e onde muitos outros continuam a ter que percorrer os caminhos da
emigração”.
O arcebispo de Évora denunciou a existência de “muita
eutanásia por antecipação”, afirmando que “a injustiça, a suspeita e a calunia”
são uma forma de aniquilar muitas vidas
“A eutanásia não é só quando se administra um produto para
terminar com a vida de alguém, mas é também quando se deixa um idoso
abandonado, sem companhia, sem medicamentos, sem assistência”, sublinhou.
D. Francisco Senra Coelho referiu que pode ser
oportuno alterar a legislação tendo em vista a salvaguarda do bem comum, mas
não para fragilizar as leis que “protegem os alicerces como a vida, a dignidade
da pessoa humana, a família, os indefesos
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