PAPA erradicação da pobreza
PAPA erradicação da pobreza
Papa
apela à erradicação da pobreza num mundo com cada vez mais recursos
Fev 5, 2020 - 17:12
Francisco encontrou-se com ministros, banqueiros e economistas
O Papa defendeu hoje no Vaticano que o mundo tem recursos económicos e
financeiros suficientes para erradicar a pobreza, falando perante ministros,
banqueiros e economistas de vários países.
“Um mundo rico e uma economia vibrante podem e devem acabar com a pobreza.
É possível gerar e promover dinâmicas capazes de incluir, alimentar, cuidar e
vestir os últimos da sociedade, ao invés de excluí-los”, disse, no Simpósio
‘Novas formas de fraternidade solidária, de inclusão, integração e inovação’.
Francisco referiu que, num mundo cada vez mais rico, os “pobres aumentam”,
apelando a um “olhar solidário a partir dos bancos, das finanças, dos governos
e das decisões económicas”.
“Precisamos de muitas vozes capazes de pensar, a partir de uma perspetiva
poliédrica, as várias dimensões de um problema global que diz respeito aos
nossos povos e às nossas democracias”, enfatizou, numa intervenção divulgada
pelo Vaticano.
O discurso evocou as centenas de milhões de pessoas que vivem na pobreza
extrema, sem alimento, habitação, assistência médica, escolas, eletricidade ou
água potável.
“Calcula-se que cerca de cinco milhões de crianças abaixo dos 5 anos vão
morrer este ano devido à pobreza. Outras 260 milhões não receberão uma educação
por falta de recursos, por causa das guerras e das migrações”, indicou
Francisco.
O Papa falou ainda das vítimas do tráfico de pessoas e das novas formas de
escravidão, como o trabalho forçado, a prostituição e o tráfico de drogas”.
“O nível de riqueza e de técnica acumulados pela humanidade, bem como a
importância e o valor que os direitos humanos adquiriram, não permitem mais
pretextos. Devemos ter consciência de que todos somos responsáveis”, advertiu.
O Vaticano acolheu hoje uma conferência com economistas, ministros e
banqueiros para debater um pacto global contra as desigualdades e por uma
melhor distribuição da riqueza.
Os trabalhos, com a presença de Kristalina Georgieva, diretora-geral do
Fundo Monetário Internacional, foram promovidos pela Academia Pontifícia de
Ciências Sociais (APCS).
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