EUTANÁSIA PR confissões religiosas
EUTANÁSIA PR confissões religiosas
Presidente da República recebeu líderes de confissões religiosas
presentes em Portugal
Fev 18, 2020 - 10:10
Marcelo Rebelo de Sousa ouviu «preocupações» dos signatários da
declaração conjunta «Cuidar até ao fim com compaixão»
Foto: Presidência da República |
O presidente da República
recebeu esta segunda-feira líderes de confissões religiosas presentes em
Portugal, no âmbito do debate sobre projetos de lei que visam a despenalização
da eutanásia.
Os representantes do GTIR –
Grupo de Trabalho Inter-Religioso | Religiões-Saúde, signatários da declaração
conjunta ‘Cuidar até ao fim com compaixão’, manifestaram a Marcelo Rebelo de
Sousa as suas “preocupações” sobre estes projetos legislativos, reafirmando a
oposição a qualquer legalização da morte a pedido.
À saída do encontro, o padre
Fernando Sampaio, coordenador nacional das capelanias hospitalares, indicou que
o objetivo foi levar ao chefe de Estado as preocupações das confissões
religiosas e dar-lhe conta da declaração conjunta sobre “a importância da vida
humana, da sua inviolabilidade”, cuidando das pessoas, “no seu sofrimento, até
ao fim”.
“O fundamento dos quadros
legislativos é a vida, o homem vivo, e não a morte”, acrescentou.
Jorge Humberto, representante
da Aliança Evangélica, sublinhou por sua vez que as preocupações dos
representantes religiosos são “legítimas”, tendo em vista a defesa da
“dignidade humana”.
“Essa dignidade passa, no
nosso entender, não por uma lei que despenalize a eutanásia, mas sim por uma
lei que amplie os cuidados paliativos em Portugal que, como sabemos, são
manifestamente insuficientes para a realidade”, afirmou o pastor, em
declarações aos jornalistas.
Estiveram presentes
representantes da Aliança Evangélica Portuguesa, da Comunidade Hindu Portuguesa,
da Comunidade Islâmica de Lisboa, da Comunidade Israelita de Lisboa, da Igreja
Católica, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, da União
Budista Portuguesa e da União Portuguesa dos Adventistas do Sétimo Dia.
No último dia 12, os representantes
destas confissões religiosas apresentaram uma posição conjunta contra a
despenalização da eutanásia.
“A possibilidade legal da
morte assistida por eutanásia ou suicídio assistido equivale a empurrar para a
opção pela morte”, assinala o comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Segundo os signatários, a
legalização da eutanásia “constituiria um tremendo e grave ato de demissão
coletiva” perante quem sofre.
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