FATIMA JORNADAS MISSIONÁRIAS 2011: "A realidade de vida é dura, muito dura»

Leiga missionária, ligada aos Espiritanos, partilha experiência de um ano em missão, em Cabo Verde
Paula Silvestre,45 anos, leiga missionária, acaba de regressar de um ano de trabalho voluntário na missão espiritana da Calheta, em Cabo Verde. Viveu em comunidade com três sacerdotes, um deles com 80 anos, e um seminarista congolês em estágio missionário. E é peremptória em afirmar que «faz falta uma mulher numa comunidade masculina», sublinhando, também, que foi «magnificamente acolhida».
Foi com o objectivo de dar aulas na escola da paróquia, de Francês e Português, e para apoiar na aprendizagem da língua portuguesa um sacerdote e o seminarista. Depressa se juntaram outras actividades e a sua vida na missão foi completada com a formação de aspirantes, reunião com alunos bolseiros, criação de uma biblioteca e de um jornal, entre outros.
«É possível darmos as mãos aos que estão lá», salienta lembrando foi um ano de vida «pobre, simples, acolhedora, sofrida por aquele povo que procura ser fiel e que percorre caminhos entre as pedras para ir à igreja». Do relato deste tempo em Cabo Verde recorda a formação de 400 catequistas, o desafio das mulheres, algumas muito jovens, que «sustentam os filhos e que suportam dos homens o que querem e não querem». Com as mulheres, o desafio, em particular com as jovens de 16, 17, 18 anos e já com um filho ou mais foi «respeitar a cultura, mas ensiná-las a crescer».
Paula Silvestre, do Cadaval considera que «estamos sempre a tempo de aceitar desafios maiores». Aos participantes das Jornadas missionárias explicou que «este ano não seria tão excepcional se não tivesse encontrado uma generosidade missionária tão grande». A professora do Cadaval destaca a «grande riqueza» da comunidade que a acolheu e da «abertura, generosidade e partilha». Lucília Oliveira |Fátima Missionária, 19/09/2011 | 15:06 

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