SUDÃO NILO AZUL: milhares de deslocados

Seriam pelo menos 70.000 pessoas deslocadas causadas pelos combates na região fronteiriça do Nilo Azul entre o exército e um grupo armado historicamente próximo ao governo do Sudão do Sul que se tornou independente em Julho: informam representantes da MISNA em Cartum.
De acordo com Peter Krakonilig, porta-voz para a capital sudanesa, o escritório da ONU para a coordenação da assistência humanitária (Ocha), 50.000 pessoas iria deixar a capital Damazin na tentativa de chegar à região de Sennar.
Confrontos entre soldados e combatentes do movimento de libertação do Sudão (Splm) também levaram milhares de pessoas a atravessar a fronteira com a Etiópia. Segundo Kasut Gebre Egziabher, chefe do Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR) em Addis Abeba, o número dos refugiados registados ao longo da fronteira já é 20.000.
Até ao final de semana Damazin é ocupado por soldados, mas tiroteios foram relatados por algumas fontes novamente ontem à noite. Lutas são confirmadas no sul da capital, perto de algumas localidades sob o controle do Spla.
Durante a guerra civil travada entre 1983 e 2005, uma grande parcela da população do Nilo Azul teve suporte exército de libertação do Sudão popular. O governador Malik Agar, eleito como candidato o Splm-n, foi substituído nos últimos dias por um funcionário nomeado por Khartoum.
O conflito no Nilo Azul é parte de um mais amplo, estendido num cintura de centenas de quilómetros ao longo da fronteira entre o Sudão dois: do Sul Kordofan, onde, de acordo com Ocha, os combates teriam atingido 200.000 pessoas de várias maneiras, Darfur, terra nunca pacificada  após o início do conflito armado em 2003. Misna 07.09.2011

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