IDOSOS criativos para os amar
IDOSOS criativos para os amar
Santa Sé: precisamos ser criativos na forma de amar os idosos
O
Pe. Alexandre Awi Mello, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a
Vida, concedeu entrevista ao Vatican News. O brasileiro falou sobre a
importância de dar atenção, proximidade e conforto aos idosos que hoje se
encontram mais frágeis pela emergência do Covid-19: "contamos com a
criatividade e o amor dos cristãos, especialmente dos filhos e netos, para
acompanharem esse drama que os avós estão vivendo".
Andressa Collet - Cidade do
Vaticano
A mensagem aos idosos sobre a
solidão vivida neste período de isolamento domiciliar pelo coronavírus foi
divulgada nesta terça-feira (7) pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a
Vida. É a geração que, como indica o texto, “está pagando o preço mais alto da
pandemia de Covid-19”. As estatísticas apontam que, só na Itália, “mais de 80%
das pessoas que perderam a vida tinham mais de 70 anos”.
“Sermos criativos na forma
de amá-los! O amor é criativo e é o nosso dever de retribuição por tanto bem
que essas pessoas nos fizeram e nos fazem ao longo da nossa vida.”
Não deixar os idosos
sozinhos
07/04/2020
O Pe. Alexandre Awi Mello,
brasileiro e secretário do Dicastério, falou sobre a importância de dar
atenção, proximidade e conforto aos idosos que hoje se encontram mais frágeis e
desorientados. A solidão, a distância dos familiares e o abandono devem ser
remediados com a presença criativa: telefonemas e mensagens de vídeo, por
exemplo.
Por parte da Igreja, além da
caridade, ainda há padres visitando os idosos para distribuir os sacramentos,
seguindo sempre as medidas de segurança. As redes de solidariedade podem
“significar salvar vidas”, “porque, na solidão, o coronavírus mata mais”,
alerta a mensagem do Dicastério. E o Pe. Alexandre acrescenta:
“Muitos vivem em situações
de medo, de preocupação, de angústia. E, provavelmente, uma das angústias
maiores é pensar na possibilidade de morrer sozinho, de não estar acompanhado.
Por isso, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida quis lançar essa
mensagem e recordar a importância de todos os cristãos de acompanhar os nossos
idosos, de diminuir um pouco a solidão que muitos deles vivem. Eles já são
levados pela situação a ter que ficar em casa porque são o grupo mais
vulnerável. Mas, por outro lado, podemos ser criativos na forma de entrar em
contato com eles. E, de fato, a Igreja, em muitos lugares, tem sido criativa; a
sociedade tem procurado fazer essa ponte. Situações também que nos preocupam
são nas residências onde muitos idosos estão juntos e, em alguns lugares, as condições,
por maiores esforços que se façam, favorecem a propagação da doença e do vírus.
Por isso, quisemos lançar essa mensagem: como uma palavra de alento, de
estímulo, em primeiro lugar para os idosos, mas também para todos aqueles que
podem acompanhá-los de alguma maneira: para nós, filhos, netos, como parte da
comunidade cristã que queremos estar com eles neste momento. Apoiá-los, sermos
criativos na forma de amá-los! O amor é criativo e é o nosso dever de
retribuição por tanto bem que essas pessoas nos fizeram e nos fazem ao longo da
nossa vida. Por isso, estamos conscientes que, na solidão, o coronavírus mata
mais. O outro lado da moeda é que, acompanhados, os idosos podem resistir
melhor e viver melhor esse difícil momento que eles estão tendo que passar.
Contamos com a criatividade e o amor de todos os cristãos, especialmente dos
filhos e netos, para acompanharem esse drama que muitos dos nossos avós, muitas
das pessoas idosas com as quais convivemos, estão vivendo. Que Deus nos abençoe
nessa missão de combater o coronavírus através da solidariedade, do amor e do
acompanhamento dos nossos idosos."
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