IGREJA encontro PM e cardeal Clemente


IGREJA  encontro PM e cardeal Clemente
Primeiro-ministro aponta regresso gradual de celebrações religiosas em maio
A posição oficial da Igreja só deve ser conhecida amanhã, depois do encontro entre membros do Conselho Permanente da CEP.
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Foto: Lusa

António Costa elogiou esta segunda-feira o “exemplo” da Igreja Católica durante o estado de emergência, apontando ao regresso gradual das celebrações religiosas em maio.
O primeiro-ministro falava aos jornalistas após uma reunião com presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Manuel Clemente, na residência do cardeal-patriarca, junto ao Seminário dos Olivais.
Os responsáveis debateram o levantamento das restrições às celebrações religiosas face à pandemia de Covid-19.
“Deveremos, a partir de maio, começar a encontrar um maior ponto de normalidade, nas celebrações religiosas, tendo em conta a previsão que temos”, disse o primeiro-ministro.
Esse regresso será feito “gradualmente e com todos os cuidados sanitários” que permitam aliviar as atuais medidas de contenção, mas o chefe do Executivo não quis comentar a forma como será retomada a celebração comunitária das Missas.
“É uma decisão que caberá, sobretudo, à Igreja Católica e aquilo que me foi transmitido é que a Igreja continuará a ser um exemplo e uma referência na forma de celebração da fé, mantendo naturalmente as regras que podem contribuir positivamente para a saúde pública”, acrescentou.
O chefe do executivo disse ter transmitido a D. Manuel Clemente os agradecimentos do Governo pelo “grande esforço e exemplo” que a Igreja Católica tem dado, “muito em particular durante a quadra pascal”.
António Costa assinalou que maio é “um mês particularmente importante para a Igreja Católica”, apontando ao diálogo com as várias confissões religiosas para enfrentar o “longo período” até ao regresso à normalidade, provavelmente no verão de 2021, quando houver uma vacina para o novo coronavírus.
“A seguir ao estado de emergência, não volta tudo ao normal”, advertiu.
Entretanto, de acordo com o que avança a Agência ECCLESIA, depois de contato com o secretário e porta-voz da CEP, padre Manuel Barbosa, está agendado para esta terça-feira 21 de abril, um encontro entre membros do Conselho Permanente do organismo episcopal.
Só após esta reunião é que a Igreja Católica se deve pronunciar sobre este levantamento às restrições. De resto, e por esse motivo, D. Manuel Clemente não prestou declarações aos jornalistas, esta manhã.
Recorde-se que foi no dia 13 de março, que a Conferência Episcopal de Portugal determinou a suspensão de todas as celebrações comunitárias de Missas em Portugal, até “ser superada a atual situação de emergência”, com limitações ainda às celebrações de batismos, matrimónios e funerais.
O decreto que renovou o estado de emergência, em vigor até o final do dia 2 de maio, apresenta medidas de restrições à liberdade de culto, para reduzir o risco de contágio e executar as medidas de prevenção e combate à epidemia, incluindo “a limitação ou proibição de realização de celebrações de cariz religioso e de outros eventos de culto que impliquem uma aglomeração de pessoas”.
Quanto aos funerais, com ou sem acompanhamento religioso, o decreto determina que a sua realização “está condicionada à adoção de medidas organizacionais que garantam a inexistência de aglomerados de pessoas e o controlo das distâncias de segurança, designadamente a fixação de um limite máximo de presenças”, a determinar pela autarquia local que exerça os poderes de gestão do respetivo cemitério.


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