MOÇAMBIQUE Nem à terceira...? Para quando a paz e o pão?!


MOÇAMBIQUE
Objectivo claro: acabar de vez com toda a violência no país que resulte dos problemas de relacionamento entre estas duas forças políticas.
Recordemos a história.
Em 1975, Portugal entregou ao Movimento Frelimo a governação de Moçambique como país independente. O marxismo-leninismo tomou conta deste novo estado lusófono. As reações internas a este regime autoritário não demoraram.
Em 1976 começou a guerra civil com a Renamo. O país viveu 16 cruéis anos de guerra civil que terminaria, oficialmente, em 1992 com os Acordos de Roma, com a mediação da Comunidade de Santo Egídio.
As tensões entre as duas grandes forças moçambicanas continuaram a fazer-se sentir, dando sinais, aqui e além, de que a paz era frágil demais para ser considerada uma conquista definitiva.
A Renamo nunca deixou o seu quartel general no grande e protegido Parque da Gorongosa.
Em 2013 as tensões voltaram ao rubro, houve ataques obrigando a ‘sentar’ e a rubricar mais um acordo de paz em 2014.
A Frelimo e a Renamo continuaram a negociar uma paz mais sólida e eficaz. Entretanto, morreu Afonso Nhlakama, líder histórico da Renamo, mas prosseguiram os esforços negociais que pareciam ter chegado a bom porto. A ida do Presidente da Frelimo e de Moçambique à Gorongosa, chão sagrado da Renamo, foi um momento simbólico extraordinário.
E dia 6 de agosto 2019, em Maputo, assinaram-se novos compromissos.
Moçambique não tem tido uma história fácil.
Primeiro foi a guerra. Depois vieram secas e inundações. Em 2019, foi marcado por dois ciclones terríveis: Idaí, no centro do país e o Keneth, no norte.
A pobreza continua a marcar o dia a dia de boa parte dos moçambicanos.
Há mais futuro com paz do que com violência – seria uma lição da história mas que muitos políticos e militares não querem aprender:  há mais futuro com paz do que com violência.
Gostaríamos que o cordo assinado em 2019 cimentasse a paz e rasgasse novos caminhos de progresso, e significasse mais justiça, felicidade, paz e pão para todos os moçambicanos.
E o que vemos? Um povo faminto a fugir perante assaltos brutais de um inimigo bem armado (com a bandeira negra do Daesh) e que faz o que quer: mata, rouba queima, destrói, semeia o pânico, e o povo se refugia nas cidades… Isto acontece no norte do país, em Cabo Delgado. Pobre Moçambique! Pobres moçambicanos! Entre os mais pobres do Mundo!

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