MÉXICO Sismo de magnitude 7.1 atinge o México e faz mais de 200 mortos

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Sismo de magnitude 7.1 atinge o México e faz mais de 200 mortos
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Um novo sismo abalou o México e fez mais de 200 mortos. Há relatos de edifícios que ruíram e pessoas soterradas. Colapso de escola na Cidade do México terá morto mais de 20 crianças.
JORGE NUNEZ/EPA  Autores Marta Leite Ferreira|Tiago Oliveira

Um sismo de magnitude 7.1 na escala de Richter foi registado esta terça-feira na Cidade do México, capital mexicana, confirmou o Serviço Sismológico Nacional do país. As autoridades mexicanas atualizaram para 225 o número de vítimas mortais do sismo registado em vários estados, quando prosseguem as operações de socorro nas zonas afetadas. Esta informação corrigiu em baixa o balanço de vítimas mortais que tinha sido dado minutos antes pelo mesmo responsável e que apontava para 248 mortos.
As informações têm sido dadas pelo coordenador da proteção civil mexicana, Luís Filipe Puente, segundo o qual terão morrido 117 pessoas só na Cidade do México, a capital onde vivem quase nove milhões de pessoas.

O presidente Enrique Peña Nieto revelou ainda que foram encontrados 22 corpos nos destroços de uma escola primária que colapsou na Cidade do México. Pelo menos 30 crianças estão dadas como desaparecidas. 
As equipas de socorro continuam as buscas nos escombros de vários edifícios que ruíram devido ao sismo de magnitude 7,1, registado às 13h14 locais de terça-feira (19h14 em Lisboa).

balanço ainda é provisório, mas é já o número de vítimas mais elevado desde o terramoto de 1985 que matou milhares de mexicanos e está a ser atualizado a cada poucos minutos. Há relatos de pessoas soterradas, de vários edifícios destruídos e focos de incêndios,
As imagens que nos chegam pelas redes sociais mostram o caos em que está o país.

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, declarou entretanto estado de emergência nacional no país e anunciou que todos os hospitais que ficaram danificados com o sismo estão a ser evacuados. O presidente mexicano esteve reunido de emergência com outros governadores.
Milhares de soldados, bombeiros e civis, incluindo estudantes universitários estão a trabalhar, lado a lado, para tentarem remover pilhas de destroços causados pela queda de dezenas de edifícios.
O sismo teve origem a 123 quilómetros a sudeste de Puebla, em Raboso (hipocentro) e a 57 quilómetros de profundidade (epicentro). As operações aéreas foram interrompidas no aeroporto da capital e só na cidade do México já ruíram pelo menos 44 edifícios. Entre 50 e 60 pessoas já foram resgatadas dos escombros. Não foi emitido alerta de tsunami.

Este terramoto ocorreu 11 dias depois de um abalo de magnitude 8.2 ter fustigado o país ter vitimado 96 pessoas no sul, e precisamente 32 anos depois de um abalo de magnitude 8.1 na escala de Richter ter sido registado na Cidade do México, provocando um número estimado de 30 mil mortos e deixando um rasto de devastação nas ruas — 412 edifícios desmoronaram e mais de três mil ficaram danificados.

O governador do Estado de Morelos adiantou que a prioridade é dirigir todo “o apoio às vítimas e às famílias afetadas por este terrível sismo”. A população também está nas ruas a ajudar como pode, como relata o repórter David Agren e o presidente do município de Puebla, Luis Banck.
Os apoios surgem de todo o lado e das mais diversas formas. O cineasta e escritor mexicano Guillermo del Toro usou a rede social Twitter para apelar às empresas que viabilizem o acesso às redes Wi-Fi, de modo a facilitar as comunicações pela Internet. Além disso, disponibilizou a sua própria conta para fazer passar mensagens urgentes.

 O Governo português e o Presidente da República já enviaram mensagens de condolências ao povo mexicano. O embaixador português no México disse que não há, “até agora”, notícia de portugueses entre as vítimas do sismo.

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