PORTUGAL Passos acusa Costa de o usar como "elemento de união" da maioria

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Passos acusa Costa de o usar como "elemento de união" da maioria
O anterior primeiro-ministro e atual líder da oposição acusou hoje o seu sucessor socialista de fazer ataques pessoais e utilizá-lo como "elemento de agregação e união" e "fator de estabilidade" da nova maioria de esquerda.
Lusa
POLÍTICA PARLAMENTOHÁ 36 MINSPOR LUSA

No encerramento do segundo dia de debate parlamentar na generalidade da proposta de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), Passos Coelho lamentou, "profundamente, que estas obsessões impeçam [António Costa] de fazer o seu caminho com a elevação e a dignidade" esperada.
"Julga que acusando, insinuando, denegrindo o seu antecessor, resolve o seu problema de poder ser visto como quem usurpa o que não conseguiu conquistar por direito próprio e de poder, afinal, ter ficado apenas com uma réplica da verdadeira fonte de autoridade que precisa de destruir e aniquilar para que a falsificação não seja notada", afirmou o presidente do PSD.
Passos Coelho referia-se a declarações anteriores de Costa no sentido de elementos do PSD terem, alegadamente, movido "influências poderosíssimas, pelo menos em Bruxelas, para deixar ficar mal o Governo português e Portugal", segundo descreveu o próprio líder social-democrata, bem como das acusações de o anterior executivo ter levado a cabo um "suposto embuste", junto das instituições europeias, "no âmbito da classificação de medidas de natureza temporária como tendo efeito estrutural".
"Fica-me, com alguma ironia, permita-me, a satisfação de verificar que parece que, juntamente com o 'Passismo' - que não sabia existir e o sr. pretendeu ontem (segunda-feira) criar -, sou involuntariamente um fator relevante de estabilidade para o Governo de Portugal", continuou Passos Coelho.
Segundo o anterior líder da coligação PSD/CDS-PP, "apesar de estar na oposição, a cada debate que passa, percebe-se que uma ambição que não tinha se vem refletindo na situação política do país".
"Estou, desproporcionada, imerecida e ironicamente, a transformar-me no principal elemento de agregação e união da curiosa diversidade partidária da maioria que o sustenta", afirmou.
A discussão do OE2016 começou segunda-feira e o documento será votado ainda hoje, sendo viabilizado por PS, BE, PCP e PEV, com a abstenção do PAN e os votos contra de PSD e CDS-PP. Os projetos de lei serão depois analisados e discutidos pelos deputados na especialidade, com debates marcados para 10, 14 e 15 de março e a sua votação final global em 16 de março

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